12 de jul. de 2010
Violência contra Mulher, até quando ?
Imagine você mulher, sentada na sua sala assistindo "Passione", depois de ter deixado o jantar pronto e as roupas passadas, principalmente as roupas de trabalho de seu marido, pra que no outro dia ele não reclame mais uma vez sem nenhum motivo. Ele que acabara de chegar embreagado, não quis te ouvir e te agride quando você pergunta se existe a possibilidade da compra de um novo fogão. E no outro dia a cena se repete, só que você apanha por outro motivo. Os anos se passam e os hematomas aumentam. Seus filhos assistem tudo, mas você para preservá-los prefere apanhar e deixar o pai de seus filhos dentro de casa.
Existem aquelas que apanham, mas quando chega à noite tudo é resolvido numa noite de amor. Denunciá-los jamais. Algumas sentem medo, por constantes ameaças que os próprios covardes fazem, dizendo matá-las se forem a delegacia. A verdade é que existem " homens e os monstros ". Tudo bem que algumas mulheres infernizam a vida dos homens a acabam pagando a conta de forma trágica. A lei Maria da Penha Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.
—Lei 11.340, mas funciona quando as denúncias chegam a delegacia.
Confesso que algumas mulheres são o "Capeta chupando Manga", e conseguem fazer de tudo pra tirar um homem do sério, mas não justifica tirar a vida de alguém, como a patota de Bruno, acusada de assassinar Eliza Samúdio. Ontem, lendo uma matéria no Globo, a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. Até quando vocês mulheres vão ficar caladas e colaborando para o aumento desta violência?
A questão do número de mulheres que sofrem com a violência doméstica (física e sexual) levando em conta o grau de instrução fica mais nítida quando se divide o Brasil na área rural e urbana.O estudo da OMS destaca que 37% das mulheres que vivem na Zona Rural sofrem violência física e sexual de seus parceiros, enquanto que na cidade, 29% são vítimas.Das mulheres que vivem na Zona Rural do País, 5% são agredidas por não cumprirem as tarefas domésticas, 10% por desobedecerem ao marido, 30% por infidelidade e 65% porque seus parceiros são agressivos e controladores.
Já nas cidades brasileiras, 80% das mulheres apanham ou são violentadas porque os maridos têm comportamento violento, 10% por infidelidade e cerca de 1% por desobediência ou por não fazerem os trabalhos domésticos.Outra parte dessa pesquisa mostra que, das mulheres que sofrem agressões físicas, 61%moram em cidades e 65% na Zona Rural. 16% sofrem agressões físicas graves e 12% agressões leves.
No entanto, 31% das mulheres do Brasil rural e 29% que vivem em cidades sofrem tanto a violência física quanto a sexual.
O estudo entrevistou 1.500 mulheres em países como Bangladesh, Brasil, Etiópia, Japão, Namíbia, Peru, Samoa, Sérvia, Tailândia e República Unida da Tanzânia. Destes, a Etiópia lidera o ranking da violência doméstica contra mulheres com 71%, e o Japão é o menos violento com 15%. O Brasil está entre os últimos no ranking.
Em países da União Européia, entre 20 e 25% das mulheres sofrem abuso dos parceiros. Nos Estados Unidos, 25%, apesar de pouquíssimos casos serem levados à polícia.
Mulheres não fiquem à mercê destes ordinários, e denunciem quando for preciso, pois, só assim estes covardes pensarão duas vezes antes de praticar alguma agressão.