19 de jan. de 2010
NFL, Divisional Playoffs: The Saints are Coming!
A expectativa para as semifinais de conferência era de que o público fosse presenteado com verdadeiras batalhas decididas nos segundos finais de partida. Quem acreditou nas previsões dos especialistas ficou com a sensação de que "a cigana me enganou": com exceção do enbate entre Jets e Chargers, o que se viu foram verdadeiros massacres dos mandantes de campo sobre os adversários. E a torcida de New Orleans pode cantar a plenos pulmões a música dos Skids regravada pelo U2 e Green Day: "the Saints are coming!"
NFC
#4 Arizona Cardinals - 14 @ #1 New Orleans Saints - 45
O touchdown marcado por Tim Hightower logo na primeira jogada da partida chegou a dar a impressão de que o Cardinals repetiria o feito do Ravens, na semana anterior, e passaria fácil sobre a equipe de New Orleans. Ainda mais se lembrarmos que o Saints vinha de três derrotas consecutivas, com o freio de mão puxado há praticamente um mês. Mas esse período de "recesso" serviu apenas para que a equipe da Louisiana recuperasse os jogadores contundidos, e o que se viu em campo foi o ataque comandado por Drew Brees atropelando a defesa de Arizona, enquanto Kurt Warner e o poderoso ataque do Cardinals sofriam com Darren Sharper e Will Smith, dois dos principais nomes da D# da equipe negra e dourada.
Defesa que pode-se dizer ter vacilado apenas na primeira jogada de ataque de Arizona, no TD de Hightower. Durante toda a partida, o que se viu foi Warner sendo pressionado a todo instante pelos defensores de New Orleans, forçando o veterano quarterback a cometer um fumble e uma interceptação. O QB do Cardinals apanhou tanto que chegou a sair da partida por alguns minutos, após violento bloqueio de Bobby McCray quando foi interceptado por Will Smith.
Mas o grande show no Louisiana Superdome foi do ataque do Saints, que aproveitou-se da fragilidade da defesa do Cardinals para levar a torcida à loucura. No primeiro drive após o TD inicial dos visitantes, Brees levou a equipe até a linha de uma jarda, e Lynell Hamilton chegou à redzone com facilidade, empatando a partida. O final do primeiro quarto já deixava claro quem mandava na partida, com o Saints marcando mais dois TDs e abrindo 14 pontos de vantagem: Jeremy Shockey, mesmo contundido, recebeu passe de Brees na endzone, enquanto Reggie Bush correu 46 jardas e deixou sua marca.
O Cardinals até esboçou reação no início do segundo quarto, no TD do running back Beannie Wells, mas a resposta do Saints veio no mais belo lance da partida, num flea flicker do ataque do time da casa que resultou num belíssimo passe de Drew Brees para Devery Henderson. Mais um passe do camisa 9 para Marques Colston e o primeiro tempo terminava 35 a 14 para o Saints.
Ainda houve tempo para o segundo TD de Reggie Bush na partida, num retorno de punt, e agora New Orleans receberá o Minnesota Vikings para disputar a segunda final de Conferência de sua história.
Quanto ao Cardinals, é evidente que algo precisa ser feito em relação à defesa; tomar 90 pontos em duas partidas é inconcebível para quem quer disputar o título. As contusões de Antrell Rolle e Dominique Rodgers-Cromartie durante a partida não justificam o desastre. E a torcida precisa torcer para que convençam Kurt Warner a adiar a sua aposentadoria em pelo menos um ano.
#3 Dallas Cowboys - 3 @ #2 Minnesota Vikings - 34
Não são poucos os que tentam entender o que aconteceu com o Dallas Cowboys no Metrodome, em Minneapolis. A equipe que entrou em campo foi totalmente dominada pelo Minnesota Vikings em todos os setores. A defesa do Cowboys, que havia sofrido apenas 14 pontos nas últimas três partidas, permitiu a Brett Favre ter um de seus melhores desempenhos em playoffs: o veterano QB passou para 234 jardas e quatro TDs, sendo três deles para Sidney Rice.
Enquanto a defesa virava paçoca diante do ataque irrestível do Vikings, o ataque da equipe do Texas foi literalmente engolido pela defesa adversária: Ray Edwards conseguiu três dos seis sack da defesa púrpura sobre Tony Romo, que teve uma atuação para ser esquecida. O quarterback de Dallas conseguiu menos de 200 jardas aéreas, e ainda foi interceptado num lance em que mandou a bola para uma área do campo onde não havia um capacete preateado sequer. Romo ainda sofreu três fumbles, entregando a bola para o adversário mais duas vezes.
Se houve um destaque negativo por parte de Minnesota, foi o TD marcado por Visanthe Shiancoe num passe de Favre com a partida já decidida, a menos de dois minutos do final. Foi o tipo de atitude que tornou o New England Patriots o time mais odiado da NFL na temporada 2007. Atitude deselegante de Favre e do técnico Brad Childress.
AFC
#6 Baltimore Ravens - 3 @ #1 Indianapolis Colts - 20
Embalados pela incontestável vitória sobre o New England Patriots, a equipe do Ravens foi até o Lucas Oil Stadium acreditando que, após sete derrotas consecutivas, poderiam virar a sorte contra o Indianapolis Colts. Pois o s corvos já voltaram para Baltimore com mais uma derrota no currículo.
Com o quarto título de MVP da NFL (primeiro jogador a alcançar tal façanha) e ciente de que as derrotas nas últimas rodadadas da temporada regular eram irrelevantes, Peyton Manning mostrou que o título de Jogador Mais Valioso faz jus ao talento do melhor QB da NFL. Jogando a maior parte do tempo sem conferência, mudando as jogadas na linha de scrimmage após ler a defesa adversária, Manning controlou o jogo como quis, e passou para 246 jardas e dois TDs, sendo interceptado uma vez. Como a sorte sempre sorri para os campeões, a única interceptação do camisa 18, conquistada por Ed Reed, resultou num fumble recuperado pelo Colts. Manning chegou a ser interceptado outra vez, mas uma falta da defesa de Baltimore anulou a jogada.
Se a defesa do Ravens não conseguiu resistir ao poderio aéreo do Colts, o ataque também não ajudou. O jogo corrido, grande trunfo da equipe para superar o Patriots, não brilhou desta vez, com Ray Rice correndo apenas 67 jardas. E não seria pelo ar que Baltimore teria melhor sorte: Joe Flacco, QB da equipe, foi interceptado duas vezes e não chegou à marca das 200 jardas.
Para a grande final da Conferência contra o NY Jets, Manning precisará não ser tão displicente como nas duas interceptações contra o Ravens, pois o verdão de NY contará com Lito Shepard e Darrelle Revis para marcar seus recebedores. E o jogo corrido do Colts, o pior da liga, vai enfrentar a defesa que mais parou os corredores este ano. O favoritismo ainda será dos donos da casa, mas qualquer vacilo poderá ser fatal.
#5 New York Jets - 17 @ #2 San Diego Chargers - 14
A confiança mostrada pelo bem-humorado técnico do New York Jets durante a semana que antecedu a partida contra o Chargers, definitivamente, não resultou numa série de provocações vazias: quando Thomas Jones correu as jardas necessárias para garantir a vitória da equipe de NY, Rex Ryan pôde celebrar o segundo triunfo da equipe nos playoffs, fato que não ocorria desde 1982.
E não foi uma vitória conquistada sem esforço. O duelo entre Jets e a equipe de San Diego foi a mais equilibrada das semifinais de conferência, com as defesas impedindo os avanços dos ataques adversários a maior parte do tempo. O primeiro tempo terminou com o Chargers vencendo por apenas 7 a zero, após o passe de Philip Rivers para Kris Wilson. O ataque do Jets não conseguia sequer conquistar uma primeira descida contra a defesa adversária, tendo que devolver a bola sempre após o terceiro down nas quatro primeiras campanhas.
Os ventos da costa oeste começaram a soprar para o Jets apenas no terceiro período, quando o jogo corrido comandado por Shonn Greene começou a a romper a muralha de San Diego, com uma das campanhas resultando no field goal de Jay Feely. Foi também no terceiro período que a defesa de NY conseguiu interceptar Rivers em duas oportunidades, com Jim Leonhard e Darrelle Revis.
E uma das máximas na NFL é que turnovers devem se transformar em pontos, e foi o que Mark Sanchez, quarterback do Jets, conseguiu ao fazer o passe que resultou no TD de Dustin Keller que proporcionou a reviravolta no placar. Poucos minutos depois, Shonn Greene encontrou mais uma brecha na linha defensiva de San Diego e conseguiu um TD de 53 jardas.
Com a desvantagem de dez pontos no placar, restava ao Chargers partir para o tudo ou nada, e Rivers conseguiu o touchdown que ainda deixava a equipe com esperanças de conseguir um milagre. Tentativa de onside kick frustrada e sem tempo a pedir para parar o relógio, era vital parar o jogo corrido corrido do Jets, o que não foi possível. Mais uma vez San Diego morre na praia, lamentando ainda os três fiel goals perdidos pelo kicker Nate Kaeding, sendo dois deles dentro do limite de 40 jardas.
NFC
#4 Arizona Cardinals - 14 @ #1 New Orleans Saints - 45
O touchdown marcado por Tim Hightower logo na primeira jogada da partida chegou a dar a impressão de que o Cardinals repetiria o feito do Ravens, na semana anterior, e passaria fácil sobre a equipe de New Orleans. Ainda mais se lembrarmos que o Saints vinha de três derrotas consecutivas, com o freio de mão puxado há praticamente um mês. Mas esse período de "recesso" serviu apenas para que a equipe da Louisiana recuperasse os jogadores contundidos, e o que se viu em campo foi o ataque comandado por Drew Brees atropelando a defesa de Arizona, enquanto Kurt Warner e o poderoso ataque do Cardinals sofriam com Darren Sharper e Will Smith, dois dos principais nomes da D# da equipe negra e dourada.
Defesa que pode-se dizer ter vacilado apenas na primeira jogada de ataque de Arizona, no TD de Hightower. Durante toda a partida, o que se viu foi Warner sendo pressionado a todo instante pelos defensores de New Orleans, forçando o veterano quarterback a cometer um fumble e uma interceptação. O QB do Cardinals apanhou tanto que chegou a sair da partida por alguns minutos, após violento bloqueio de Bobby McCray quando foi interceptado por Will Smith.
Mas o grande show no Louisiana Superdome foi do ataque do Saints, que aproveitou-se da fragilidade da defesa do Cardinals para levar a torcida à loucura. No primeiro drive após o TD inicial dos visitantes, Brees levou a equipe até a linha de uma jarda, e Lynell Hamilton chegou à redzone com facilidade, empatando a partida. O final do primeiro quarto já deixava claro quem mandava na partida, com o Saints marcando mais dois TDs e abrindo 14 pontos de vantagem: Jeremy Shockey, mesmo contundido, recebeu passe de Brees na endzone, enquanto Reggie Bush correu 46 jardas e deixou sua marca.
O Cardinals até esboçou reação no início do segundo quarto, no TD do running back Beannie Wells, mas a resposta do Saints veio no mais belo lance da partida, num flea flicker do ataque do time da casa que resultou num belíssimo passe de Drew Brees para Devery Henderson. Mais um passe do camisa 9 para Marques Colston e o primeiro tempo terminava 35 a 14 para o Saints.
Ainda houve tempo para o segundo TD de Reggie Bush na partida, num retorno de punt, e agora New Orleans receberá o Minnesota Vikings para disputar a segunda final de Conferência de sua história.
Quanto ao Cardinals, é evidente que algo precisa ser feito em relação à defesa; tomar 90 pontos em duas partidas é inconcebível para quem quer disputar o título. As contusões de Antrell Rolle e Dominique Rodgers-Cromartie durante a partida não justificam o desastre. E a torcida precisa torcer para que convençam Kurt Warner a adiar a sua aposentadoria em pelo menos um ano.
#3 Dallas Cowboys - 3 @ #2 Minnesota Vikings - 34
Não são poucos os que tentam entender o que aconteceu com o Dallas Cowboys no Metrodome, em Minneapolis. A equipe que entrou em campo foi totalmente dominada pelo Minnesota Vikings em todos os setores. A defesa do Cowboys, que havia sofrido apenas 14 pontos nas últimas três partidas, permitiu a Brett Favre ter um de seus melhores desempenhos em playoffs: o veterano QB passou para 234 jardas e quatro TDs, sendo três deles para Sidney Rice.
Enquanto a defesa virava paçoca diante do ataque irrestível do Vikings, o ataque da equipe do Texas foi literalmente engolido pela defesa adversária: Ray Edwards conseguiu três dos seis sack da defesa púrpura sobre Tony Romo, que teve uma atuação para ser esquecida. O quarterback de Dallas conseguiu menos de 200 jardas aéreas, e ainda foi interceptado num lance em que mandou a bola para uma área do campo onde não havia um capacete preateado sequer. Romo ainda sofreu três fumbles, entregando a bola para o adversário mais duas vezes.
Se houve um destaque negativo por parte de Minnesota, foi o TD marcado por Visanthe Shiancoe num passe de Favre com a partida já decidida, a menos de dois minutos do final. Foi o tipo de atitude que tornou o New England Patriots o time mais odiado da NFL na temporada 2007. Atitude deselegante de Favre e do técnico Brad Childress.
AFC
#6 Baltimore Ravens - 3 @ #1 Indianapolis Colts - 20
Embalados pela incontestável vitória sobre o New England Patriots, a equipe do Ravens foi até o Lucas Oil Stadium acreditando que, após sete derrotas consecutivas, poderiam virar a sorte contra o Indianapolis Colts. Pois o s corvos já voltaram para Baltimore com mais uma derrota no currículo.
Com o quarto título de MVP da NFL (primeiro jogador a alcançar tal façanha) e ciente de que as derrotas nas últimas rodadadas da temporada regular eram irrelevantes, Peyton Manning mostrou que o título de Jogador Mais Valioso faz jus ao talento do melhor QB da NFL. Jogando a maior parte do tempo sem conferência, mudando as jogadas na linha de scrimmage após ler a defesa adversária, Manning controlou o jogo como quis, e passou para 246 jardas e dois TDs, sendo interceptado uma vez. Como a sorte sempre sorri para os campeões, a única interceptação do camisa 18, conquistada por Ed Reed, resultou num fumble recuperado pelo Colts. Manning chegou a ser interceptado outra vez, mas uma falta da defesa de Baltimore anulou a jogada.
Se a defesa do Ravens não conseguiu resistir ao poderio aéreo do Colts, o ataque também não ajudou. O jogo corrido, grande trunfo da equipe para superar o Patriots, não brilhou desta vez, com Ray Rice correndo apenas 67 jardas. E não seria pelo ar que Baltimore teria melhor sorte: Joe Flacco, QB da equipe, foi interceptado duas vezes e não chegou à marca das 200 jardas.
Para a grande final da Conferência contra o NY Jets, Manning precisará não ser tão displicente como nas duas interceptações contra o Ravens, pois o verdão de NY contará com Lito Shepard e Darrelle Revis para marcar seus recebedores. E o jogo corrido do Colts, o pior da liga, vai enfrentar a defesa que mais parou os corredores este ano. O favoritismo ainda será dos donos da casa, mas qualquer vacilo poderá ser fatal.
#5 New York Jets - 17 @ #2 San Diego Chargers - 14
A confiança mostrada pelo bem-humorado técnico do New York Jets durante a semana que antecedu a partida contra o Chargers, definitivamente, não resultou numa série de provocações vazias: quando Thomas Jones correu as jardas necessárias para garantir a vitória da equipe de NY, Rex Ryan pôde celebrar o segundo triunfo da equipe nos playoffs, fato que não ocorria desde 1982.
E não foi uma vitória conquistada sem esforço. O duelo entre Jets e a equipe de San Diego foi a mais equilibrada das semifinais de conferência, com as defesas impedindo os avanços dos ataques adversários a maior parte do tempo. O primeiro tempo terminou com o Chargers vencendo por apenas 7 a zero, após o passe de Philip Rivers para Kris Wilson. O ataque do Jets não conseguia sequer conquistar uma primeira descida contra a defesa adversária, tendo que devolver a bola sempre após o terceiro down nas quatro primeiras campanhas.
Os ventos da costa oeste começaram a soprar para o Jets apenas no terceiro período, quando o jogo corrido comandado por Shonn Greene começou a a romper a muralha de San Diego, com uma das campanhas resultando no field goal de Jay Feely. Foi também no terceiro período que a defesa de NY conseguiu interceptar Rivers em duas oportunidades, com Jim Leonhard e Darrelle Revis.
E uma das máximas na NFL é que turnovers devem se transformar em pontos, e foi o que Mark Sanchez, quarterback do Jets, conseguiu ao fazer o passe que resultou no TD de Dustin Keller que proporcionou a reviravolta no placar. Poucos minutos depois, Shonn Greene encontrou mais uma brecha na linha defensiva de San Diego e conseguiu um TD de 53 jardas.
Com a desvantagem de dez pontos no placar, restava ao Chargers partir para o tudo ou nada, e Rivers conseguiu o touchdown que ainda deixava a equipe com esperanças de conseguir um milagre. Tentativa de onside kick frustrada e sem tempo a pedir para parar o relógio, era vital parar o jogo corrido corrido do Jets, o que não foi possível. Mais uma vez San Diego morre na praia, lamentando ainda os três fiel goals perdidos pelo kicker Nate Kaeding, sendo dois deles dentro do limite de 40 jardas.