14 de jul. de 2011
A vulgarização do "amor" nas letras de Funk
“Tu tem direito de sentar, tem o direito de quicar, tem o direito de sentar, de quicar e de rebolar. Você também tem o direito de ficar caladinha(...)”
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Foto: Internet |
Em uma sociedade onde as mulheres estão conquistando cada vez mais lugares altos, somos obrigados a ouvir “músicas” que mostram a mulher de forma vazia e totalmente submissa ao homem. Porque? Onde já se viu um homem ordenar que a mulher fique em posições passivas, como quicando, rebolando sem poder falar nada.
A claro, a mulher também tem seus direitos, o de ficar caladinha. Em uma sociedade contemporânea a mulher reivindica seus diretos a todo o momento, e essa passividade retratada na música, já deixou de ser realidade a muito tempo. Está errado quem pensa que somente as mulheres são humilhadas nas letras de funk, os homens também não ficam para trás, o que será que eles pensam quando as mulheres falam “nóis não ama, nois engana, homem é burro até pra falar(...)”? O ego dos homens devem despencar, afinal ouvir essa vulgaridade de mulheres não desce bem, não é?
Cadê aquelas mulheres recatadas de sempre? Onde esta a feminilidade? Não existem mais. Por isso que as pessoas ficam desiludidas nos relacionamentos. Onde já se viu “Quer fidelidade? Então compra um cachorro”. Cadê o amor? A cumplicidade? Desapareceram em meio de tanta vulgaridade. Antigamente as mulheres eram convidadas para encontros, regados ao som de “Como é grande, o meu amor, por você”. E agora? As mulheres são chamadas de thutchucas e são convidadas para festas no apê. E o romantismo? Ficou perdido no tempo.
Tatyane Malta
http://tatyanemalta.blogspot.com
